Monday, March 12, 2007

Para quem pensa que eu morri...e não é nada.É tudo nada.Tudo ou nada.

Não,não morri.Só dei um tempo em tudo,era muito e era cheio.Cheio de fatos, de idéias e tudo mais mas faltava-me coragem de relatar o que vi nesse tempo de varde,tudo que vivi,tudo que senti e tudo que eu vomitei de dentro pra fora, de fora pra dentro.Coisas que nem eu acredito...mas enfim,recomeçando nesse ano novo.Tudo novo.nada velho.Nem paixões.Nem corações,nem mentes,nem mortos,nem papos.Só o que não muda são os amigos e o rock´n´roll.O bom e velho...de sempre e para sempre,pelo menos até morrer.Até o sol se pôr e até o dia nascer.
De fato hoje acordei inspirada.Rotina de sempre,escola,aulas e professores, então me cai uma tarefa.Uma tarefa que já havia declarada mim mesma muito tempo atrás , mas jamais tive coragem,força ou critividade o suficiente para fazer.Então minha professora,senhora da sala,a guia de nossas mentes ,dementes que sejam,dementes que são.A coruja,sábia, mãos pelas quais todos nós passamos.Basta escolher Se delas se colhem surras para vida,palmadas doloridas de educação ou se você as beija de agradecimentos por tudo que ela lhe estendera até então.
O que aconteceu foi um pedido de tarefa já da semana passada.Uma autocrítica poética,que eu deixei de fazer por conta da semana e do final de semana que tive.Atribulado,turbulento.Resultado é que eu fiz na pressa,na hora,foi expontaneo e sincero,sem aquela coisa de pensar muito o qué e o que não é.Foda-se e é assim mesmo.
A professora fez o seu trabalho,leu,olhou desconfiada e disse que aquilo não era meu.Eu fiquei espantada,o que será que fiz de errado ou será que não sou tão capaz assim...Sei lá,o que interessa é que consegui escrever alguma coisa decente sobre mim mesma,ou pelo menos uma casca disso tudo.Ela me olhou nos olhos e disse que não era meu,eu não soube o que dizer,mas juro que saiu de lá das minhas profundezas:




"No horizonte põe-se o sol do contestado
No meio alto das terras do planalto
De onde veio,de onde nasce
Com luxo de flor que brota para abrir-se
Com destino certo de que há morte.
Como mares revoltos e desatinos
Outrora calmaria de águas extensas e límpidas
Como azul profundo,como negro,
Que mostra tanto quanto esconde.
De alma diáfana,mas invisível
Ser como louco,vesano
Mas de tino aguçado
De quem é tudo,de quem é nada."

Como diria Raul..."Eu sou o tudo e o nada"
E dentro dessa cabe outra do Humberto Gessinger..."Na verdade nada é uma palavra esperando tradução" E o tudo cabe dentro disso também.Se intercalam entre tudo e nada, e se calam para não dizer nada.Porque não sou nada.Sou nada.

7 comments:

said...

Não sendo nada, você consegue ser tudo.

Marco Aurélio said...

Sem comentários... ótimo que "voltou". :}

Rafa Kondlatsch said...

"Não sou nada, nunca serei, a parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo", acho que era isso, se não for... Liberdade literária! Gostei muito da sonoridade do texto, "haja o que hajar" seja!!!

Zaratustra said...

MUITO BOM
lembrou-me um poema de meu amigo joca barret.
o final é assim:

"Só então volto a sentir o sangue das verdes veias de uma idéia que brotou da fonte
e compreendo, finalmente, que não sou nada, não estou em nada e por nada
e ao mesmo tempo SOU...
...Tudo, em tudo e por tudo.
Muitas vezes, milhões de vezes, o tempo todo..."


mas vale a pena conferir o texto completo no carne de pescoço - insight floydiazepínico(nos arquivos abril de 2006)

PS: teus comentários são sempre fantásticos

abraço

Anonymous said...

Eu penso que vejo uma flor reabroxando
Mas nunca fui bom em olhar coisas atravès dos tijolos

:)

said...

pois é, eu tb achei estranho robô... mas roubou tava como errado... maldita technologia! dhliugtahlsduih

que bom que você gostou :)
:*

Sujeito da camisa listrada said...

alou ou ou ou ou ou ou ou não