E se eu ando na rua,toda molhada
sorriso maroto e descabelada
E vocês me olham
como desleixada.
Não faço nada demais
Eu apenas vivo e eu sinto
tudo aquilo que vocês vêem da janela;
com medo
aterrorizados.
Os raios,os ventos e trovões
Fazem parte de mim.
E perdi o meu medo da chuva
ainda que seja tempestade.
"Henriqueta Lisboa"
"- Menino, vem para dentro
Olha a chuva lá na serra
Olha como vem o vento!
- Ah! como a chuva é bonitaE como o vento é valente!
- Não sejas doido, menino! Esse vento te carrega.Essa chuva te derrete!
- Eu não sou feito de açúcar
Para derreter na chuva.
Eu tenho força nas pernas
Para lutar contra o vento!
E enquanto o vento soprava
E enquanto a chuva caia,
Que nem um pinto molhado
Teimoso como ele só:- Gosto de chuva com vento,
Gosto de vento com chuva!"
Doce poesia de infância!
Sunday, November 04, 2007
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3 comments:
Céu escurecido trovejante
Cheiro de chuva soprando à face
Sem pressa, passos adiante
Gota gélida perfuraria o que fosse
Mas quando te toca,
Como te toca;
*Hoje tomei banho sem a toca e não molhei o cabelo. Espantoso.
Conheci a infância um tempo atrás, ela adorava a chuva, o vento e tudo que for intenso. Depois desencontrei, mas até hoje lembro dela com brilho nos olhos e saudades no peito - ah, como era boa a chuva...
Tempestate, chuva e vento. Um rochedo e o mar se arrebentando logo alí em baixo. Ver a natureza furiosa nos enche de um sentimento de euforia misto de instinto primitivo. As costas se arrepiam e a vontade de cair ao chão para, como um cão, sair correndo e gritando na escuridão barulhenta e molhada é quase insuportavel.
Em momentos assim a gente entende algumas coisas que a natureza insiste em nos mostrar e a gente insiste em ignorar.
belos versos. inspiradores.
por isso são tempestade.
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